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Hospitais nos EUA e no Brasil já testam o HealthKit

HealthKitO HealthKit foi lançado e precisa ser levado para a clínica para a tecnologia em saúde ser, de fato, implementada. Nos Estados Unidos, a Duke University e a Stanford University estão liderando a integração da solução na clínica e, a partir de agora, novos esforços devem ser feitos para verificar as possíveis utilizações.

O HealthKit está em desenvolvimento e é uma tecnologia em saúde parte de um sistema da Apple. Dentre os produtos, podemos citar devices médicos regulados, monitores de glicose, dentre outros. Com autorização dos pacientes, o serviço da Apple coleta informações de pacientes e as coloca em aplicativos para que os médicos possam ter acesso a elas.

Uma das oportunidades deste Healthkit é a facilitação da transferência de dados em um prontuário eletrônico (EHR), padronizando os dados a serem coletados. Outra é a simplificação do monitoramento de populações definidas como pacientes com problemas cardíacos, por exemplo.

No Brasil, a Unimed-BH anunciou que utilizará o HealthKit e atualizou o Guia Médico, permitindo que o paciente coloque dados vitais como frequência cardíaca, taxas de açúcar, peso e até calorias e que estes dados sejam compartilhados com o médico responsável.

Outra função do aplicativo da Apple que será utilizada pela Unimed é o chamado “Cartão de Emergência”, que permite que, mesmo com a tela bloqueada, vai disponibilizar informações vitais do usuário, como remédios, histórico e contatos em caso de urgência.

Fizemos uma entrevista com o porta-voz da Unimed BH sobre a adoção do sistema, coordenador médico de TI da Unimed-BH, Gustavo Landsberg.

Como foi a decisão de incluir uma solução de mHealth na programação da empresa?

A inovação contínua faz parte da estratégia da Unimed-BH e, desta maneira, tomar iniciativas no setor de mHealth se torna algo natural.

Estamos atentos às mudanças no setor da saúde que estão para ocorrer e queremos nos antecipar, reimaginando a forma de se prover cuidados em saúde. Estamos estudando novas soluções que possam de fato trazer benefícios palpáveis para a saúde de nossos clientes.

Quais as expectativas acerca da adoção do HealthKit?

Neste primeiro momento, o objetivo é apenas criar uma ponte entre o cliente e a operadora. Observar que tipos de dados estão dispostos a coletar com seus smartphones e compartilhar conosco.

A partir daí, estudaremos maneiras de utilizar esta informação para melhorar o cuidado. De maneira reversa, queremos ampliar o acesso do paciente a sua próprias informações clínicas.

Como foi a receptividade do corpo clínico em relação à adoção do HealthKit?

A maior parte dos médicos provavelmente ainda não conhece novo aplicativo da Apple. Ainda não se sabe como será a receptividade por parte dos profissionais. Porém, dependerá muito da utilidade que encontrarem.

Imaginemos um endocrinologista questionando seu paciente diabético se ele tem feito caminhadas. Ele não pode ter certeza se o paciente está realmente se exercitando. Talvez o próprio paciente não saiba precisar. Porém, se esse mesmo paciente utilizar alguma smartband ou aplicativo para colher dados em suas atividades, essa informação poderá ser disponibilizada até mesmo no prontuário eletrônico. Assim, o médico teria acesso a um dado preciso e confiável – antes inacessível.

Esse é apenas um exemplo. As possibilidades são praticamente infinitas. Já existem no mercado diversos dispositivos que medem a glicose ou pressão arterial e enviam as informações para o celular. As aferições podem ser compartilhadas com o médico, parentes ou mesmo serviços de urgência, em caso de algum sinal de alerta. Em algumas situações, uma integração como essa poderia salvar vidas.

Que outras estratégias de tecnologia móvel a Unimed-BH planeja adotar ou já tem em seu quadro?

Temos outras iniciativas no setor – algumas em desenvolvimento e outras já em operação. Através do aplicativo da Unimed-BH, por exemplo, já é possível realizar agendamento de consultas com quaisquer especialidades.

Qual a importância da tecnologia móvel para o empoderamento dos pacientes?

O smartphone é um poderoso canal de comunicação com o cliente. Através dele, é possível disponibilizar informações importantes, que o auxiliarão a tomar melhores decisões a respeito de sua própria saúde. Além disso, acreditamos que seja possível, através deste tipo de tecnologia, engajar o paciente em hábitos de vida mais saudáveis. Essas ferramentas, desde que bem utilizadas, poderão ajudar as pessoas a viverem mais e com mais qualidade.

 

FONTE: Empreender Saúde

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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