Uma empresa israelense criou um aplicativo que faz exames clínicos, acompanha a evolução de doenças e controla enfermidades crônicas com grande rigor técnico
Das milhares de fotos compartilhadas online todos os dias, quais retratam com mais fidelidade os objetos fotografados? O hashtag #nofilter sugeriria que são as que não sofrem alteração digital. Mas fotografias do mesmo tema ou objeto divergem muito, por causa da luz ambiente, da distância e do ângulo de onde foram tiradas. Assim, com a manipulação correta uma imagem fotográfica pode ficar mais fiel ao objeto retratado e, portanto, mais útil para fins médicos.
Essa é a ideia por trás do aplicativo Dip.io da empresa israelense Healthy.io. O Dip.io usa câmeras de celulares para fazer exames clínicos de urina. O paciente segue as instruções, espera as cores aparecerem na vareta e, em seguida, fotografa as cores contra o fundo de uma cartela de cores patenteada. O aplicativo usa a cartela para corrigir as cores da vareta em uma luz ambiente neutra e padronizada. O resultado é analisado automaticamente, segundo o histórico médico do paciente. Se o exame sugerir que o paciente precisa de cuidados médicos ou de uma receita, essas providências são tomadas também de forma automática.
O uso do Dip.io não se limita ao exame de urina. Seu uso pode estender-se ao campo da dermatologia para diagnosticar uma doença de pele a partir de uma foto, ou acompanhar sua evolução ao longo do tempo. Os dermatologistas precisam controlar a cor da fotografia, seu tamanho e o ângulo de onde foi tirada. No exame dermatológico, o aplicativo usa uma vareta de gesso com hexágonos coloridos que é colocada perto da pele. Assim como na cartela de cores do exame de urina, o gesso atua como uma referência para que o aplicativo corrija e padronize a imagem resultante.
Fonte: http://opiniaoenoticia.com.br/internacional/smartphones-e-seu-novo-papel-na-medicina/