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Cesariana humanizada: Especialistas explicam como é possível realizar

Embora seja uma cirurgia de médio porte, a cesariana pode ser realizada com cuidados que tornem o procedimento mais humanizado para mãe e bebê.

Uma das questões mais importantes que passam a fazer parte do planejamento de uma gestante diz respeito ao parto. Hoje é possível encontrar diferentes formas de trazer o bebê ao mundo. Seja parto natural, cesariana, humanizado ou na água, o importante é que o procedimento respeite o momento mais importante da vida da mãe e do recém-nascido.

O método predominante no Brasil é a cesariana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o País é o segundo que mais realiza este procedimento ao redor do mundo, chegando a 57% dos partos. Muitos são motivados por recomendação médica, em casos de riscos para mãe e bebê, outros acontecem por falta de informação ou algum tipo de insegurança em relação às dores ou ao período de trabalho de parto.

Mas, independente da motivação, há algumas maneiras de tornar o procedimento mais humanizado, sem deixar de lado o calor e o amor que mãe e bebê precisam trocar nos primeiros instantes dessa relação.

GestCare, consultoria de parto humanizado e apoio à gestante, acredita que a cesariana, mesmo sendo uma cirurgia e acontecendo em um hospital, não impede a magia desse primeiro encontro. E para tornar isso possível, alguns cuidados são adotados antes, durante e após o parto.

A enfermeira ginecologista obstetra, especialista em pré-natal, Ellen Rauber, explica que o primeiro passo é elaborar um plano de nascimento para que a gestante esteja acompanhada e tenha o menor número de intervenções possíveis para ela e o bebê durante o procedimento.

A enfermeira obstetriz e especialista em pré-natal, Penélope Lara, afirma que as mulheres estão recebendo mais informações sobre parto humanizado: “Existem os casos de pré-natal de alto risco. As mulheres sabendo que, por determinadas questões farão a cesariana, procuram se preparar para a chegada do bebê com o menor impacto possível da transição da vida uterina para a extrauterina”, explica.

Por outro lado, de acordo com Ellen, ainda é muito pequena a proporção de cesáreas humanizadas, devido aos protocolos hospitalares, que acabam sendo priorizados em relação ao bem-estar do bebê e do vínculo materno. “Um exemplo disso é o colírio de nitrato de prata, pingado nos olhos do bebê.

Este colírio cáustico causa dor e ardência, e só é necessário quando a mulher possui gonorreia e o bebê passa pelo canal vaginal. Em qualquer outro caso esta aplicação é completamente desnecessária em uma cesariana e extremamente prejudicial ao bebê”.

Quais os cuidados são aplicados em uma cesariana humanizada?

Ellen e Penélope esclarecem quais são os diversos cuidados aplicados para humanizar a cesariana:

  •         Anestesia com segurança, sem sedação e sem mãos amarradas, para a mulher abraçar o seu bebê;
  •         Temperatura da sala entre 24ºC e 26ºC;
  •         Sala com foco de luz na cirurgia para acalmar o bebê;
  •         Possibilitar o contato pele a pele entre mãe e bebê após o nascimento;
  •         Clampeamento oportuno do cordão umbilical para o bebê receber o sangue contido na placenta. (O objetivo desse método é esperar que o cordão deixe de “pulsar” para efetuar o clampeamento e o corte)
  •         Respeito à hora de ouro (primeira hora pós-parto) com a prorrogação de condutas;
  •         Estímulo à amamentação na hora de ouro, momento onde o bebê está alerta e acordado;
  •         Estimulação do Sistema Imunológico do bebê por meio de gaze com líquidos vaginais da mãe, simulando um parto vaginal e seus benefícios.

Para garantir um nascimento saudável, com menos riscos e sem intercorrências, Ellen afirma que o recomendado é que a gestante espere entrar em trabalho de parto para que o bebê esteja preparado para a vida fora do útero. “Lembrando que gestações de alto risco são avaliadas individualmente para a escolha do melhor momento de nascimento para o bebê”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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