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Cuidado com as dores gastroabdominais

Elas podem estar sinalizando para enfermidades como a apendicite, a diverticulite e a colecistite. Especialista alerta para a evolução rápida e risco de morte das três inflamações do abdômen

O que o apendicite, a diverticulite e a colecistite têm em comum? As três são inflamações agudas do abdômen que necessitam de intervenção cirúrgica rápida. Caso contrário, o rápido agravamento pode levar o paciente pode a óbito. As três enfermidades também têm sintomas similares, como a dor abdominal, e com o advento da pandemia do novo coronavírus e consequente receio das pessoas de irem aos hospitais, tem aumentado o número de pacientes que procuram ajuda médica tardiamente.

Essa é a avaliação do cirurgião gastro-robótico, Adilon Cardoso, em seu dia a dia profissional. “As inflamações do abdômen têm uma evolução relativamente rápida. Do início dos sintomas a seis ou 12 horas após, já há um agravamento significativo do paciente. Por regra, até 24 horas é preciso ter um diagnóstico definido e exigem intervenção cirúrgica rápida”, explica o médico, que é membro Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica.

A apendicite, ou inflamação do apêndice, pode afetar 1 em cada 500 pessoas a cada ano, especialmente os jovens, segundo a literatura médica. Quando não retirado rapidamente, o apêndice inflama e rompe. Com isso, a cavidade peritonial é contaminada com fezes podendo gerar infecção generalizada, ou septicemia, doença que matou 11 milhões de pessoas no mundo em 2017, segundo estudo publicado no periódico científico The Lancet. A complicação responde por 20% das mortes no planeta, segundo o estudo baseado em dados de 195 países.

O mesmo pode acontecer com episódios de colecistite, que é uma inflamação da vesícula biliar, um pequeno órgão digestivo abaixo do fígado. Com seu rompimento, a bile se espalha pela cavidade peritonial. Já na diverticulite, o rompimento dos divertículos abrem espaço para as fezes atingirem os outro órgãos, assim como nos casos de apendicite. A enfermidade é uma evolução da diverticulose – uma doença causada pelo o acúmulo e retenção de uma pequena quantidade de fezes nos divertículos do intestino grosso.

Conforme o médico Adilon Cardoso, eles podem ocorrer em qualquer fase da vida, mas algumas têm incidência maior em determinadas faixas etária. “As doenças do tubo intestinal pode afetar pessoas de qualquer idade, ou seja, de criança a idosos. É claro que certas faixas etárias e perfis de pacientes têm suas especificidades e um problema pode afetar com maior ou menor frequência um determinado grupo de indivíduos. As mulheres jovens em idade fértil e com um quadro de excesso de peso, por exemplo, são mais propensas a apresentarem o quadro de colecistite; já a diverticulite é uma doença clássica de pacientes com mais de 50 anos e que já têm alguma outra doença diverticular; e a apendicite é mais comum na infância e entre adultos jovens”, esclarece.

O cirurgião gastro-robótico Adilon Cardoso orienta que o apendicite e a colestitite são imprevisíveis e não há nada que o indivíduo possa fazer para diminuir as chances de sua ocorrência. Mas, no caso da diverticulite, é possível adotar uma rotina alimentar preventiva. “Se você já for portador de alguma doença diverticular e tiver uma dieta adequada, como o consumo regular de alimentos ricos em fibras, como frutas e verduras, você pode diminuir as chances de desenvolvê-la”, esclarece.

Fonte: Assessoria de imprensa.

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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