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Infarto mata mais do que câncer de mama

Estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) aponta que doenças cardíacas são responsáveis por 30% do total de óbitos no Brasil. Especialista da Rede D’Or São Luiz alerta para os sintomas da doença no inverno.

A jornada de trabalho e a rotina da família acabam sobrecarregando especialmente as mulheres, que na correria do dia a dia não dão importância aos primeiros sintomas do infarto. As pacientes têm sinais diferentes dos homens. Elas sentem indigestão, cansaço, fraqueza e dificuldades para respirar.

E quando percebem a gravidade, pode ser tarde demais. A doença já superou os óbitos causados por câncer de mama, segundo estudos recentes. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em 2018 apontou que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 30% do total de mortes no País.

De acordo com o estudo, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e infartos são as patologias que mais afetam homens e mulheres no Brasil.

Com a chegada do inverno, aumenta o número de casos de infarto e AVC em comparação com as demais estações do ano, especialmente quando os termômetros registram temperaturas inferiores a 14ºC. Isso acontece porque o nosso organismo exerce mais esforço para manter o calor interno do corpo em 36ºC, aproximadamente.

O coração precisa fazer mais força para bombear o sangue, a pressão sanguínea aumenta e as paredes dos vasos ficam com o calibre reduzido. Além de sobrecarregar o órgão, isso pode desprender as placas de gordura localizadas no interior das artérias, bloqueando o fluxo de sangue para o coração e para o cérebro.

Entre as principais causas do infarto estão: colesterol alto, hipertensão, tabagismo, sedentarismo, obesidade, diabetes, estresse, uso de entorpecentes e histórico familiar. Os sintomas incluem falta de ar, palpitações, sensação de aperto ou dor no peito, desconforto no ombro, pescoço ou braços, suor frio, náuseas, azia, vômito e palidez. Porém, idosos e mulheres nem sempre apresentam dores no peito.

Para combater a doença, além de tratar os fatores de risco é necessário mudar completamente o estilo de vida, adotar hábitos alimentares saudáveis, ingerir frutas, verduras, legumes, praticar atividade física regularmente, parar de fumar, controlar o diabetes, colesterol e a pressão.

O cardiologista André Feldman, coordenador de cardiologia do Hospital São Luiz São Caetano e especialista da Rede D’Or São Luiz, reforça os primeiros cuidados que as pessoas devem ter ao sentir os sintomas da doença. “Em casos de infarto é extremamente importante manter a calma, não dirigir até o pronto-socorro para evitar acidentes devido à queda de pressão ou desmaio, e não descuidar dos sinais pensando que vai melhorar.

Outra medida que pode ajudar a aliviar o mal-estar até a chegada ao hospital mais próximo é mastigar duas aspirinas infantis, se a pessoa não for alérgica à essa medicação e nem apresentar sangramento”, recomenda o especialista.

Infarto x AVC

Muitas pessoas também confundem algumas doenças e é importante entender a diferença entre infarto, parada cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). O infarto ocorre quando o fluxo de sangue que segue para o miocárdio é interrompido temporariamente, causando danos no músculo cardíaco. É chamado de infarto agudo do miocárdio, ou ataque cardíaco, e pode levar à morte.

A parada cardíaca acontece quando o coração para de bater subitamente desencadeado por uma disfunção elétrica que faz o músculo bater de forma irregular, sofrendo uma arritmia. Sem bater, o coração não manda sangue para o cérebro e nem para outras partes do corpo.

Já o AVC pode ser isquêmico quando a circulação de sangue no cérebro é afetada pelo entupimento de uma artéria. Já o hemorrágico ocorre quando há presença de sangramento decorrente do rompimento de um vaso sanguíneo dentro do cérebro. Em todos os casos é muito importante identificar os primeiros sintomas, receber o socorro o mais rápido possível e o tratamento adequado para diminuir as chances de morte e os riscos de ficar com as sequelas das doenças.

As mulheres devem ficar mais atentas ao risco de desenvolver doenças cardiovasculares, pois acumulam mais placas de gordura na circunferência abdominal. As medidas indicadas pelos especialistas são, no máximo, 88 cm para as mulheres e 102 para os homens. Para controlar o peso, recomenda-se caminhar de quatro a cinco vezes por semana por 30 minutos, no mínimo. Natação, hidroginástica e corrida também são esportes que ajudam a manter o coração saudável.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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