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Afastamentos por síndrome de Burnout crescem 114,8%

Cerca de 33 milhões de pessoas sofrem com a doença no Brasil.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), oficializou recentemente a síndrome de Burnout como uma doença crônica, enquanto um “fenômeno ligado ao trabalho”, a entidade a incluiu na nova Classificação Internacional de Doenças (CID), que deve entrar em vigor em 1º de janeiro de 2022.

Atualmente, a síndrome está classificada no CID-10 Z73 e o crescimento de benefícios de auxílio-doença relacionados à essa categoria chegou a 114,8%, entre 2017 e 2018, de acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, saltando de 196 para 421 durante o período.

Entre os principais sintomas estão o esgotamento físico e mental do profissional, que podem ser gerados pela pressão para cumprir metas, cobranças e trabalhos abusivos, que causam exaustão e estresses além do comum no dia a dia.

O colaborador que está sob efeito começa a desenvolver características como: cinismo e falta de sensibilidade, por causa do esgotamento. Uma pesquisa realizada em 2018, pela International Stress Management Association (Isma-BR) aponta que 32% dos trabalhadores no País sofrem com o transtorno, ao todo são 33 milhões de pessoas.

Para Rosana Marques diretora da SEG – empresa especializada em Saúde Ocupacional Integrada – as empresas devem buscar mais informações a respeito da síndrome de Burnout.

Com isso, fazer uma campanha de conscientização, chamando atenção para o problema, além de oferecer suporte para que isso não venha a acontecer com seus colaboradores, já que para um bom funcionamento das atividades e engajamento da equipe, o profissional precisa estar bem.

“É muito importante que as empresas fiquem atentas ao bem estar de seus funcionários, pois isso, além de impactar na saúde do colaborador, impacta no desempenho e relacionamento de toda a equipe e, consequentemente, no desenvolvimento da empresa”, diz Marques.

Para a especialista em saúde ocupacional, o profissional, antes de tudo é um ser humano que precisa estar confortável em seu ambiente de trabalho.

“O colaborador precisa estar em um lugar onde ele se sinta bem, para que assim, possa desenvolver seu trabalho da melhor maneira, pois o excesso de pressão pode prejudicar o desempenho das atividades. O ambiente e a equipe saudáveis são fundamentais nesse processo”, afirma Marques.

A SEG Saúde Ocupacional se encarrega de fazer um mapeamento detalhado de cada organização, para identificar os riscos, bem como desenvolver políticas e programas que garantam a segurança e o bem estar dos colaboradores, aumentando assim a produtividade e reduzindo os custos com afastamento.

Atualmente, muitas empresas estão focadas somente no sucesso, dando ênfase apenas aos bons resultados e lucro, e acabam esquecendo  dos benefícios que funcionários motivados podem trazer à organização.

“Todo colaborador precisa ter metas, indicadores de performance, feedback e acompanhamento contínuo, porém a falta de atenção e cobranças incessantes vão gerando uma exaustão no profissional, ao ponto de não suportar a ideia de ter que ir trabalhar no dia seguinte”, explica Marques.

Para a especialista, as organizações devem ter programas para que o bem estar, tanto físico, quanto emocional dos colaboradores seja sempre foco de acompanhamento, para assegurar tanto a saúde física, quanto mental dos profissionais.

Fonte: Missão Comunicação de Imprensa

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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