A amfAR, Fundação para a Pesquisa da Aids, acaba de lançar a websérie “Vozes Épicas”, que traz histórias pessoais e inspiracionais de soropositivos que explicam como HIV impacta suas vidas e o que a cura significaria para eles. O objetivo dos vídeos é conscientizar a população de que os desafios para o fim do HIV/Aids continuam e, ao mesmo tempo, inspirar a geração Millenium e a comunidade LGBT a apoiarem as pesquisas para a cura da Aids.
“O HIV não é mais uma sentença de morte, mas uma sentença de vida porque eu vou viver tomando as minhas medicações, indo ao médico, lutando com plano de saúde e essas questões irão me acompanhar por toda a minha vida”, explicou Hydeia Broadbent, uma ativista que nasceu com HIV, em um dos vídeos da websérie “Vozes Épicas”.
Os vídeos trazem depoimentos de pessoas com diferentes perfis que vivem com HIV/Aids e, portanto, vários pontos de vista sobre os desafios de ser soropositivo. As cinco “Vozes Épicas” são:
- Hydeia Broadbent, ativista que nasceu com HIV/Aids.
- Mykki Blanco, rapper e artista.
- Ken Williams, palestrante e fundador do blog “Ken Like Barbie”.
- Ongina (Ryan Palao), ator.
- Teo Drake, homem trans que vive com HIV há bastante tempo.
Todos os vídeos estão disponíveis em http://www.curecountdown.org/epicvoices.
Mobilizando a comunidade LGBT jovem
A comunidade LGBT definiu e liderou o debate sobre o HIV/Aids no início da epidemia. Posteriormente, a disponibilidade de tratamentos que mantêm o vírus sob controle por anos reduziu muito a percepção de que o HIV é uma questão de saúde grave. No entanto, o tratamento continua sendo um desafio – um terço das pessoas que vivem com HIV estão com o vírus suprimido – e o estigma em relação ao HIV ainda é muito grande.
“Nós queremos revitalizar a comunidade LGBT – especialmente a geração mais nova – e engajá-los na busca pela cura do HIV”, afirmou Kevin Frost, CEO da amfAR. “A websérie mostra a percepção do HIV de maneiras particulares e distintas e, com isso, esperamos inspirar ações, dissipar o estigma e, quem sabe, até mudar a forma como HIV é visto e discutido atualmente”, complementa Frost.
Para o rapper Mykki Blanco, que anunciou publicamente no Facebook que é soropositivo desde 2011, a cura significa o “fim do estigma” e para Ongina, que divulgou ao público que tem HIV durante um episódio do reality show RuPaul’s Drag Race, a cura significaria “liberdade”. Já para Drake, um homem trans que vive com HIV há mais de 20 anos, a cura significaria que “aqueles que já têm HIV não seriam esquecidos”.
Williams, que documenta a suas experiências de vida como um homem negro gay em seu blog “Ken Like Barbie”, afirma que a cura é o próximo passo. “Estou animado pelo saber como será o futuro do HIV e espero que eu consiga ver isso porque quero celebrar com todo mundo”, afirma ele.
Em 2014, a amfAR lançou a “Contagem regressiva para a cura da Aids”, uma iniciativa destinada a desenvolver a base científica para a cura até o final de 2020. O projeto visa intensificar o programa de pesquisa focado na cura do HIV por meio de investimentos de US$ 100 milhões. A estratégia representa uma expansão, sem precedentes, dos subsídios da amfAR e tem o objetivo de oferecer suporte a qualquer cientista ou equipe de investigadores para qualquer ideia de pesquisa com potencial para avançar a busca da cura, em qualquer fase do seu desenvolvimento.
Sobre a amFAR
A amfAR é uma das principais organizações sem fins lucrativos do mundo dedicadas ao apoio de pesquisa da Aids, prevenção do HIV, educação para o tratamento e defesa de políticas públicas relacionadas ao HIV/Aids. Desde 1985, a amfAR investiu mais de US$ 450 milhões em seus programas e concedeu mais de 3.300 subsídios para equipes de pesquisa em todo o mundo.