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BCG
Protege contra: as formas graves da tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar, entre outras. Pode oferecer alguma proteção contra a tuberculose pulmonar, mas sem grande eficácia. As doenças têm em comum serem causadas pela infecção pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis).
O que é: a meningite tuberculosa é a infecção das meninges, membranas que envolvem o cérebro, causada pelo bacilo de Koch. Os primeiros sinais da doença são febre, sonolência, vômitos, apatia, alterações de humor e dores abdominais. O problema pode progredir e causar lesões nos nervos cranianos, tremores, rigidez da nuca, convulsões, perturbações da consciência, distúrbios da fala e cardíacos. A evolução dos sintomas pode ser contida com diagnóstico e tratamento corretos na fase inicial.
A tuberculose miliar se instala quando o bacilo de Koch atinge a corrente sanguínea, afetando vários órgãos, principalmente, pulmões, fígado, baço e gânglios linfáticos. Os sintomas são febre no início da noite, emagrecimento, fraqueza, arrepios, mal-estar e dificuldade respiratória.
Reações da vacina: duas a quatro semanas após a aplicação podem ocorrer febre baixa e alguma irritabilidade. Em 95% dos vacinados, forma-se um pequeno caroço avermelhado, que nas semanas seguintes evolui para um nódulo endurecido, com formação de lesões inflamadas. A mãe não deve cobrir a lesão ou colocar qualquer tipo de medicamento. Naturalmente, vai se formar uma pequena cicatriz de cerca de 4 a 8 mm.
A BCG pegou?: Está aí uma dúvida comum dos pais. Para saber se pegou, é fácil: basta observar o local da vacinação. Se ali se formou uma cicatriz, a vacina pegou, sim. Caso a cicatriz não se forme, é sinal de que a vacina não pegou e a primeira dose é considerada inválida. Então, deve-se fazer a segunda dose aos seis meses e observar o resultado.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: dose única (ao nascer) – apenas em recém-nascidos com mais de dois quilos.
Onde tomar: na maternidade logo ao nascer, nos postos de saúde do sistema público ou em clínicas privadas habilitadas. Não há diferença de eficácia nem de possíveis reações entre as vacinas oferecidas pela rede pública e pelas clínicas privadas.
Hepatite B
Protege contra: a vacina é eficaz na proteção contra a hepatite do tipo B.
O que é a doença: uma infecção viral que provoca uma inflamação no fígado. Pode se manifestar em vários graus de intensidade podendo, em alguns casos, evoluir para a cirrose ou câncer no fígado. Os sintomas mais comuns são febre, mal-estar, fadiga, náuseas e perda de apetite, mas a criança também pode ter urticária e dor nas articulações.
Reações da vacina: dor local, irritabilidade e, raramente, febre. Se ocorrerem essas reações, recomenda-se apenas dar para a criança um analgésico, como paracetamol.
Importante: embora as formas mais conhecidas de transmissão sejam a via sexual, a transfusão de sangue, o compartilhamento de seringas e agulhas e o contato com instrumentos odontológicos ou de manicure contaminados, a hepatite também pode ser transmitida pela mãe durante o parto. Se a criança for imunizada entre 12 e 24 horas após o nascimento, porém, os riscos de contágio são mínimos.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: ao nascer e doses posteriores aos 2, 4 e 6 meses de vida, com a vacina combinada DTP/Hib/HB (denominada pelo Ministério da Saúde de Penta/DTP). Aqueles que forem vacinados em clínicas privadas podem manter o esquema de três doses: ao nascer e aos 2 e 6 meses de idade. Nestes dois últimos casos, na forma da vacina hexavalente (ou sêxtupla acelular), que além da Hepatite B, protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite provocada pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.
Onde tomar: na maternidade, no sistema público e em clínicas privadas. Não há diferença de eficácia entre as vacinas da rede pública e das clínicas privadas. No entanto, o imunizante do SUS é produzido com células inteiras e o das clínicas particulares é acelular, provocando menos reações adversas nas crianças.
Pentavalente (DTP + Hib + Hepatite B)
Protege contra: difteria, tétano, coqueluche, infecções causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b (Hib), como meningite e pneumonia, e hepatite B.
O que é: a difteria é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo Corynebacterium diphteriae. Provoca inflamação da garganta e do nariz e, por vezes, da traqueia e dos brônquios. Ataca também as amígdalas e a faringe, onde forma uma placa de pus, podendo alcançar o nariz e até a parte interna das pálpebras. O risco é a inflamação provocar inchaço (edema) da mucosa e obstruir a garganta, causando asfixia, com risco de morte. Os sintomas incluem dor de garganta, febre, tosse, fadiga, dificuldade de engolir e náuseas, além de inchaço nos gânglios linfáticos, localizados no pescoço. Estima-se que 20% das crianças infectadas não sobrevivem.
O tétano é uma grave doença infecciosa e não-contagiosa, provocada pela bactéria Clostridium tetani, que atinge o sistema nervoso e leva à morte em cerca de 30% dos casos. A bactéria penetra por qualquer ferimento contaminado com areia ou terra, assim como por queimaduras e tecidos necrosados. O tétano se caracteriza por espasmos musculares provocados por qualquer estímulo – como luz ou barulho – e o primeiro sintoma é o chamado trismus, que é a contração dos músculos da mandíbula, o que impede a abertura da boca. Estágios mais graves da doença incluem espasmos nas cordas vocais e nos músculos responsáveis pela respiração, fraturas devido a contrações violentas e hiperatividade do sistema nervoso autônomo – responsável pela respiração, circulação do sangue, temperatura e digestão.
A coqueluche é o P da DTP. É uma doença extremamente contagiosa provocada pela bactéria Bordetella pertussis. A infecção se caracteriza por tosse violenta e contínua. Inicia-se com uma fase de expulsão de catarro, com corrimento nasal, espirros e tosse moderada, passando a um período de tosse convulsiva e dolorosa, que pode incluir vômitos. A complicação mais perigosa é a pneumonia. Atualmente, vem ocorrendo um importante aumento do número de casos da doença, especialmente entre adultos e adolescentes, porém os casos graves ocorrem quase sempre em bebês que ainda não receberam as 3 primeiras doses.
Reações da vacina: pode provocar irritabilidade, febre, dor, nódulos subcutâneos e, raramente, convulsões febris.
Importante: nas clínicas privadas, está disponível a chamada DTPa – de “acelular”, o que significa que não são utilizadas bactérias inteiras da Bordetella pertussis, que é a responsável por causar reações mais fortes. Por essa razão, as vacinas das clínicas privadas têm efeitos adversos, como febre e dor, mais sutis. A eficácia, no entanto, é a mesma nas duas vacinas.
Forma de aplicação: injetável
Dosagem: o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza 3 doses: aos 2, 4 e aos 6 meses, com mais dois reforços – um aos 15 meses e outro aos 4 anos (com DTP).
Onde tomar: no sistema público de saúde é oferecida a vacina tradicional. Nas clínicas privadas, está disponível a chamada DTPa. A eficácia é a mesma. Na rede particular, ainda é possível receber a vacina combinada com a VIP (contra poliomielite), chamada de sêxtupla ou hexavalente, evitando-se, assim, que a criança tenha que levar mais de uma picada de agulha.
VIP (antiga Salk) e VOP (antiga Sabin)
Protege contra: poliomielite (ou paralisia infantil)
O que é: a poliomielite é uma infecção viral muito contagiosa, embora o vírus se propague apenas pela água contaminada por fezes humanas. Do intestino, a infecção migra pelo organismo, afetando particularmente o cérebro e a medula, provocando fraqueza muscular permanente e paralisia. Sintomas mais severos, como dor de cabeça intensa, rigidez do pescoço e das costas, dificuldade de engolir fazem parte da forma mais grave da doença. Embora a paralisia ocorra em menos de 1% dos casos da doença, é frequente que um ou mais músculos fiquem debilitados. Já as crianças muito pequenas raramente desenvolvem sequelas e podem sentir apenas dor de cabeça, febre baixa, mal-estar generalizado, vômitos e irritação na garganta.
Reações das vacinas:
– VIP: febre moderada, vermelhidão no local da aplicação por 24 a 48 horas
– VOP: cólica e diarreia, mas apenas raramente
Importante: entenda a diferença entre as vacinas:
– A vacina VOP (Vacina Oral contra a Poliomielite) são as famosas gotas das campanhas de vacinação, que deram origem ao personagem Zé Gotinha. Essa vacina é a responsável pela erradicação da poliomielite no Brasil. No entanto, ela é elaborada com vírus atenuados, o que significa que em raríssimos casos a criança pode contrair paralisia por causa da vacina. Estima-se que ocorra um caso da chamada pólio vacinal a cada cinco milhões de doses. O problema é mais comum na primeira dose da vacina, por isso, desde 2016, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacina VIP nas três primeiras doses do primeiro ano de vida (aos 2, 4 e 6 meses de idade) e a VOP apenas no reforço e nas campanhas anuais de vacinação.
– A vacina VIP (Vacina Inativada contra a Poliomielite) é elaborada com vírus mortos, o que elimina o risco de contração da doença pela vacina.
– Casos especiais: crianças imunossuprimidas ou que convivam com pessoas nessa condição devem procurar tomar todas as doses da VIP.
– Participação nas campanhas: todas as crianças acima de 6 meses de idade devem participar das campanhas de vacinação, mesmo que já tenham tomado as doses necessárias. A medida tem um caráter de proteção coletiva.
Formas de aplicação: VIP é injetável e VOP é oral
Esquema de imunização: o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza 3 doses: aos 2, 4 e aos 6 meses (com VIP), com mais dois reforços – um aos 15 meses e outro aos 4 anos (ambos com VOP).
Onde tomar: postos de saúde público ou em clínicas particulares, onde a VIP pode vir combinada com outras imunizações na vacina sêxtupla ou hexavalente.
Pneumocócica conjugada
Protege contra: infecções por pneumococos, bactérias que são mais frequentes nos primeiros anos de vida e causam doenças graves, como pneumonia e meningite. Existem mais de 90 sorotipos de pneumococos conhecidos. A vacina protege contra alguns dos sorotipos mais agressivos.
O que é: a pneumonia é uma infecção que ataca os pulmões. Os sintomas são febre alta, tosse, dor no tórax, mal-estar, falta de ar, secreção de muco amarelado ou esverdeado e prostração. As complicações mais comuns são o chamado derrame pleural, que é o acúmulo de líquido entre as membranas do pulmão (pleuras), e a bacteremia, que ocorre quando as bactérias atingem a corrente sangüínea e se espalham pelo organismo – e que é mais comum nos bebês, quando a pneumonia não é tratada a tempo.
A meningite pneumocócica é uma inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a coluna vertebral. Quando essas membranas são atacadas pela bactéria, o organismo reage produzindo células de defesa. É o combate entre ambos que provoca a inflamação. Os sintomas em crianças maiores de um ano são febre alta e persistente, dor de cabeça, vômito em jatos e rigidez na nuca. Já os bebês choram e gemem muito, ficam irritados, prostrados e pode ocorrer queda da temperatura corporal (hipotermia) ou sua elevação (hipertermia). A meningite pneumocócica tem alta mortalidade e elevada chance de sequelas entre os sobreviventes.
Reações da vacina: pode causar dor e vermelhidão no local da injeção, além de irritabilidade, sonolência e choro.
Importante: entre as outras doenças que podem ser causadas por pneumococos (e evitadas pela vacina) estão a otite e as infecções da garganta.
Forma de aplicação: Injetável
Esquema de imunização: desde janeiro de 2016, o PNI adotou o esquema de duas doses da 10-valente (que protege contra dez sorotipos de pneumococos), aos 2 e aos 4 meses de vida, com reforço aos 12 meses. Nas clínicas particulares, encontra-se a 13-valente, cuja proteção abrange mais três sorotipos. A SBIm mantém a recomendação de três doses aos 2, 4 e 6 meses de vida com reforço entre 12 e 15 meses.
Onde tomar: postos de saúde públicos (VPC10) e em clínicas particulares (VPC13).
Rotavírus
Protege contra: a vacina protege apenas contra as diarreias causadas pelo rotavírus, mas o efeito dura por toda a infância.
O que é: o vírus da família reoviridae provoca gastroenterites graves com febre alta, vômitos e desidratação, e podem ser fatais nos primeiros anos de vida.
Reações da vacina: febre, diarreia, irritabilidade, tosse e coriza. É indicado levar a criança ao médico caso haja presença de sangue nas fezes e dores abdominais, até 42 dias após a vacinação.
Importante: a primeira dose pode ser feita a partir de 6 semanas de vida e no máximo até 3 meses e 15 dias; já a última dose deve ser administrada até 7 meses e 29 dias.
Forma de aplicação: via oral
Esquema de imunização: depende do tipo da vacina. Da VRH1 (monovalente) são 2 doses: aos 2 e aos 4 meses. Já da VR5 (pentavalente) são3 doses: aos 2, 4 e aos 6 meses. As duas são consideradas seguras e eficazes.
Onde tomar: sistema público (VRH1) e clínicas privadas (VR5).
Meningocócica C conjugada (menC)
Protege contra: infecções causadas pela bactéria Neisseria meningitidis(meningococo) do tipo C, que provoca cerca de ¾ dos casos de meningite meningocócica.
O que é: a meningite meningocócica é a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a coluna vertebral. A bactéria é transmitida por meio de gotículas salivares. Trata-se de uma doença grave, com grande potencial de se tornar epidêmica e de levar à morte.
Reações da vacina: vermelhidão, enrijecimento e dor no local da aplicação. Febre baixa e irritabilidade também são comuns nas primeiras 48 horas.
Importante: a incidência é maior em menores de um ano, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária. A mesma bactéria também pode causar a chamada meningococcemia, infecção generalizada causada pelo meningococo.
Forma de aplicação: injetável
Dosagem: o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza 3 doses: aos 3 meses, aos 5 meses e um reforço aos 12 meses (podendo ser aplicado até os 4 anos). A SBIm preconiza um reforço 5 anos após a última dose e outro aos 11 anos, preferencialmente com a vacina quadrivalente contra os tipos A, C, W e Y (que não está disponível no calendário da rede pública).
Onde tomar: no sistema público (menC) e em clínicas privadas (menACWY).
Febre amarela
Protege contra: febre amarela
O que é a doença: é uma enfermidade infecciosa causada por um vírus transmitido por mosquitos. Os sintomas são febre, cansaço, mal-estar, dor de cabeça e muscular, mas podem ocorrer náuseas, vômitos e diarréia. Depois que a febre cede, cerca de 15% dos infectados apresentam sintomas mais graves: febre alta outra vez, diarréia de mau cheiro, convulsões, delírio e hemorragias internas, com danos em vários órgãos e risco de morte.
Reações da vacina: de 5 a 10 dias depois da vacinação, cerca de 5% das pessoas pode apresentar febre, dor de cabeça e dor muscular, sendo rara a ocorrência de reações no local de aplicação.
Importante: a vacina é recomendada apenas para quem vive em áreas de risco ou se a criança vai viajar para um local com obrigatoriedade de comprovação da vacinação. A vacina é produzida com vírus vivo atenuado, garantindo imunidade pelo menos por 10 anos. A doença tem uma versão urbana e aparece como uma infecção provocada pelo mosquito Aedes aegypti, contaminado pelo vírus transmissor.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: dose única a partir dos 9 meses de idade.
Onde tomar: sistema público de saúde e clínicas privadas.
Influenza
Protege contra: gripe
O que é a doença: a gripe é uma infecção do sistema respiratório causado pelo vírus Influenza, transmitido ao falar, pela tosse ou espirros. Os principais sintomas são febre, prostração, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar, tosse e coriza, podendo provocar também conjuntivite, dor abdominal, náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, há risco de pneumonia.
Reações da vacina: vermelhidão, dor e enduração de pequena intensidade no local, que somem em dois dias. Pode ocasionar febre, mal-estar e mialgia, que são mais comuns em quem toma a vacina pela primeira vez. A vacina é produzida com vírus mortos e fracionados, portanto, sem a possibilidade de causar doença em quem a recebe.
Importante: a vacina é anualmente modificada de acordo com o aparecimento de novas cepas do vírus, monitoradas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em todo o mundo. Como a vacina é feita com cepas de vírus da estação anterior, ela não impedirá a infecção quando esta for causada por vírus novos que tenham sofrido mutação, mas abranda os sintomas. Por isso, é necessário uma atualização anual da vacinação.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: diferentemente das outras vacinas, a Influenza não segue o calendário pela idade da criança, mas sim pela estação do ano. Deve ser aplicada, inicialmente, no primeiro outono da vida do pequeno, pois essa é a estação em que os vírus da gripe começa a circular na maioria dos lugares. A vacina de Influenza pode ser administrada em qualquer idade acima de seis meses.
Onde tomar: pela política atual do governo, a vacina da gripe está disponível gratuitamente nos postos apenas para bebês de 6 meses a crianças menores de 5 anos (além de idosos, gestantes e alguns outros grupos especiais). Acima dessa faixa etária, o ideal é imunizar o pequeno recorrendo às clínicas particulares.
Hepatite A
Protege contra: hepatite do tipo A
O que é a doença: altamente contagiosa, é uma enfermidade que ataca o fígado. Os sintomas mais comuns são febre, calafrios e fraqueza, mas podem incluir anorexia, náuseas, icterícia (com amarelamento dos olhos e da pele), urina escura, fezes claras, dor abdominal e fadiga. Em casos extremos pode levar à morte. O vírus é transmitido pela saliva, pelo contato com fezes ou pela ingestão de água e alimentos contaminados.
Reações da vacina: dor e vermelhidão no local da aplicação. Febre e fadiga costumam ocorrer em menos de 5% dos vacinados.
Importante: a doença costuma ser benigna na infância e mais grave entre adolescentes, adultos e idosos. Entre crianças menores de 6 anos, 70% dos casos não apresentam sintomas.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: nas clínicas privadas, são 2 doses a partir de 1 ano de idade, com intervalo de seis meses. Já de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o esquema adotado é o de dose única da vacina, aos 15 meses ou antes da criança completar 5 anos de idade.
Onde tomar: sistema público de saúde e clínicas privadas.
Tríplice Viral (SCR)
Protege contra: sarampo, caxumba e rubéola
O que é cada doença: o sarampo é uma doença infecciosa que raramente evolui para um quadro mais grave (como a encefalite) em crianças saudáveis e bem nutridas. Ainda assim, pode desencadear infecções paralelas, como pneumonia e otites. Os sintomas do sarampo são de fácil identificação: febre, congestão nasal, tosse, garganta e olhos irritados, além das típicas erupções vermelhas que se espalham do pescoço para o tronco, braços e pernas.
Caxumba é uma doença viral, na maioria das vezes caracterizada por febre e inchaço das glândulas salivares e parótidas. Raramente leva a um quadro de meningite, esterilidade e prejuízos na capacidade de audição.
A rubéola não é tão contagiosa quanto o sarampo e suas complicações (otite e encefalite) são raríssimas em crianças, que costumam se recuperar totalmente. Ela representa um risco grave apenas durante a gravidez, pois a temida Síndrome da Rubéola Congênita pode causar malformações graves no bebê. Os primeiros sinais se manifestam com mal-estar, inflamação dos gânglios, dor nas articulações e garganta avermelhada (não inflamada). Depois surgem erupções no rosto, pescoço, tronco e membros, e aparecem manchas rosadas no céu da boca, que se transformam numa única placa vermelha.
Reações da vacina: febre e manchas avermelhadas na pele, entre o 5º e o 12º dia depois da vacina. Pode ocorrer um leve aumento das glândulas parótidas e salivares.
Importante: A Tríplice Viral é uma vacina combinada de vírus atenuados (enfraquecidos), o que minimiza as reações adversas. A proteção para o sarampo e rubéola fica entre 95% e 98%. Para caxumba, a eficácia é de 75% a 90.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), é aplicada uma primeira dose aos 12 meses de vida e outra aos 15 meses, na forma da vacina Tetra Viral (SCR-V), que ainda protege contra varicela (catapora).
Onde tomar: no sistema público e em clínicas privadas. Não há diferença de eficácia e segurança entre as vacinas.
Varicela
Protege contra: varicela (também conhecida como catapora)
O que é a doença: embora a varicela seja muito contagiosa e provoque lesões de pele muito desconfortáveis, geralmente é benigna quando se manifesta durante a infância (após 1 ano de idade). Ainda assim, a vacina impede que a doença se dissemine pelo organismo e eventualmente provoque complicações como pneumonia, hepatite, encefalite e outras infecções bacterianas secundárias.
Reações da vacina: dor e erupções no local da aplicação ou pelo corpo, febre. Em casos raros, pode provocar encefalite e alterações na coordenação motora.
Importante: é raro contrair a doença depois da vacina, mas se isso acontecer, será de forma leve, em geral sem complicações.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), é aplicada uma dose aos 15 meses com a vacina Tetra Viral (SCR-V), em crianças que já tenham tomado a primeira dose de Tríplice Viral (SCR) aos 12 meses. A segunda dose pode ser administrada a partir dos 15 meses de idade, mantendo intervalo de três meses da dose anterior de SCR, V ou SCRV. Desde 2017, a idade máxima para tomar essa vacina passou de 2 anos para 5 anos incompletos (até 4 anos, 11 meses e 29 dias).
Onde tomar: no sistema público e em clínicas privadas.
Meningocócica B
Protege contra: infecções causadas pela bactéria meningococo do tipo B, responsável por 20% dos casos de meningite bacteriana.
O que é a doença: é uma das formas mais agressivas de meningite, com evolução rápida. Além de apresentar febre alta, dor no corpo e vômito, a enfermidade pode provocar rigidez na nuca e, no caso dos bebês, pode deixar a moleira com aspecto estufado.
Reações da vacina: em crianças menores de 2 anos, pode causar febre alta com duração de 24 a 28 horas.
Forma de aplicação: injetável
Esquema de imunização: são 3 doses doses no primeiro ano de vida, aos 3, 5 e aos 7 meses, com um reforço entre 12 e 15 meses.
Onde tomar: apenas em clínicas privadas.
O Ministério da Saúde possui um aplicativo chamado Vacinação em Dia, que gerencia cadernetas de vacinação cadastradas pelo usuário. Além disso, traz informações sobre as vacinas disponibilizadas pelo SUS e função com lembretes sobre as campanhas sazonais de vacinação. Disponível para Android.
* Este calendário de vacinação foi elaborado com base nos calendários do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e também nos calendários da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
** Consultores: Marco Aurélio Sáfadi, pediatra, especialista em infectologia, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e coordenador da Infectologia Pediátrica do Hospital São Luiz; Gabriel Oselka, pediatria e professor associado do departamento de pediatria da USP, Renato de Ávila Kfouri, pediatra e neonatatoligsta do Centro de Imunização do Hospital Santa Joana (SP) e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizacoes (SBIm), Eliane de Oliveira Morais, médica do Centro de Referência em Imunobiólogicos Especiais- CRIE- UNICAMP e da Clinica Vacin de Imunizações de Campinas (SP); Raquel Stucchi, professora doutora da Disciplina de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; Maria Arendelita Neves de Arruda, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde.
Fonte: https://bebe.abril.com.br/saude/calendario-vacinacao-infantil/#