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Grupo desviou R$ 1,6 mi em remédio vendido como ‘bomba’, diz polícia

A quadrilha presa na manhã desta quinta-feira (21) suspeita de desviar medicamentos do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (SP) causou um prejuízo de aproximadamente R$ 1,6 milhão aos cofres públicos do município, segundo investigações da Polícia Civil. O grupo vendia um remédio, que auxilia no crescimento de crianças, como anabolizante.

Ainda segundo as investigações da polícia, uma mulher e dois homens usavam documentos falsificados para eles e também de crianças para fazerem a retirada desses medicamentos na farmácia de alto custo do hospital.

A denúncia chegou à Secretaria Estadual de Saúde depois que uma médica de São Paulo percebeu que o seu registro profissional estava sendo usado em receitas falsificadas.

Ao todo, foram apreendidos 100 caixas de Hormotrop, medicamento considerado de alto custo que tem como princípio ativo a somatotropina, um potente hormônio anabólico que afeta todo o corpo humano, tendo como funções o crescimento muscular, de cartilagens e tendões, o que o faz ser muito popular por alguns atletas de esportes que treinam de forma intensa. O medicamento pode ser encontrado na internet por aproximadamente R$ 200 e tem cerca de 30 doses.

De acordo com o delegado da Deinter 7 José Severo, nos depoimentos,os suspeitos citaram alguns nomes. “Eles citaram algumas pessoas que recepcionam esse medicamento, citou algumas pessoas que ela escutou dizer que compra esse medicamento, mas tudo ainda muito superficial. Tudo pendente de comprovação. Estou ouvindo essas pessoas que eles estão citando, e que não são daqui de Sorocaba, são de São Paulo (SP)”, explica.

Os três suspeitos, que são moradores da zona leste da capital, foram presos em flagrante em frente ao CHS e vão permanecer na delegacia de Sorocaba à disposição da Justiça.

Agora, a polícia vai investigar se funcionários do hospital eram coniventes com o esquema e unidades de saúde de todo o estado, já que o golpe deve ter ocorrido em outras cidades.

Corregedoria
Em nota, a Corregedoria explica que procedimento investigatório foi instaurado pela CGA no dia 14 de janeiro, após servidores da CCTIES (Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos de Saúde), subordinada à Secretaria de Estado da Saúde, comunicarem suposta conduta de fraude criminal e falsidade documental, visando obtenção fraudulenta de medicamento.

“Por meio de uma ação conjunta da CGA e da Polícia Civil de Sorocaba, estamos conseguindo desbaratar uma verdadeira quadrilha de desvio e uso indevido de medicamento como anabolizante. É uma ação de polícia, de combate à corrupção e de saúde pública”, declarou o corregedor Geral da Administração, Ivan Agostinho.

Os levantamentos preliminares apontaram algumas divergências nas documentações apresentadas para a obtenção do remédio, fato que chamou a atenção dos farmacêuticos da rede integrada de farmácias do Governo do Estado de São Paulo, unidade de Sorocaba.

A apuração ainda indica que os supostos criminosos não precisam do medicamento, mas utilizam documentos falsos para comprovar a necessidade e pedir que os cofres públicos paguem o tratamento. A CGA trabalha com dois casos concretos em Sorocaba, mas há outros 233 suspeitos em nove cidades do Estado de São Paulo. O montante dos 233 casos custaria ao Estado cerca de R$ 1,5 milhão ao mês.

Fonte: G1

Sobre Priscila Torres

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O diagnóstico de uma doença crônica, em 2006, me tornou, blogueira e ativista digital da saúde. Sou idealizadora do Grupo EncontrAR e Blogueiros da Saúde. Vice-Presidente do Grupar-RP, presidente do EncontrAR. Apaixonada por transformação social, graduanda em Comunicação Social "Jornalismo" na Faculdades Unidas Metropolitanas.

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