Atleta paraolímpica de 23 anos sofreu um Acidente Vascular Cerebral aos 14 e conta que reconhecer os sinais da doença é fundamental para evitar sequelas graves
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e a principal causa de incapacidade no mundo. A cada seis segundos, uma pessoa morre em decorrência da doença e, a cada minuto sem tratamento, 1,9 milhão de neurônios são perdidos. Para alertar a população sobre a importância do rápido atendimento em casos de AVC, a atleta paraolímpica de 23 anos, Verônica Hipólito, por meio da campanha “A Vida Conta”, gravou um vídeo que está disponível em suas redes sociais (Facebook e Instagram) e nos canais da Rede Brasil AVC, ONG formada por profissionais de diversas áreas que unidos lutam para diminuir o número de casos da doença, melhorar o atendimento pré-hospitalar e hospitalar ao paciente, melhorar a prevenção ao AVC, propiciar a reabilitação precoce e reintegração social.
“Eu tinha 14 anos quando sofri um AVC, o que prova que essa doença não escolhe idade. E me recuperei sem sequelas graves graças ao rápido atendimento que recebi. Por isso é tão importante que as pessoas reconheçam os sinais do AVC e ajam instantaneamente. É isso que ajuda a salvar vidas”, conta a atleta paraolímpica. Entre os sintomas mais comuns do Acidente Vascular Cerebral estão assimetria facial, perda de força de um lado do corpo e dificuldade para falar e compreender a fala.
De acordo com a Dra. Sheila Martins, neurologista e presidente da Rede Brasil AVC, a doença é sempre uma emergência médica e pode ocorrer na forma isquêmica ou hemorrágica. “Respondendo por aproximadamente 85% dos casos, a forma isquêmica ocorre quando há a obstrução em um vaso sanguíneo que fornece sangue ao cérebro, bloqueando a passagem de oxigênio para as células locais, chamadas de neurônios, causando a sua morte. Já na hemorrágica, um vaso enfraquecido rompe e sangra no cérebro, causando inchaço e aumento da pressão local”, conta.
Ainda de acordo com a médica, para tratar um AVC isquêmico há um medicamento injetável altamente eficaz. “Estudos comprovam que o paciente que recebe esse medicamento em até 4h30 após o início dos sintomas, tem 30% mais chances de bons resultados em seu quadro clínico”, finaliza a médica. “Por isso, se você ou alguém próximo apresentar os sintomas da doença, chame imediatamente o SAMU”, reforça a atleta paraolímpica, Verônica Hipólito.
A história de superação de Verônica Hipólito
Quando tinha apenas 12 anos, Verônica Hipólito precisou retirar um tumor na hipófise. Dois anos mais tarde, sofreu um AVC Isquêmico do lado direito de seu corpo. Mas estes problemas não a fizeram desistir de ser uma atleta e, em 2013, se tornou campeã mundial nos 200m rasos e vice-campeã mundial nos 100m, durante o Mundial de Atletismo Paralímpico de Lyon, na França.
Em 2015, quando estava prestes a disputar os Jogos Parapan-Americanos, em Toronto, no Canadá, Verônica recebeu o diagnóstico de 200 tumores no intestino grosso. Mas nem isso parou a atleta que voltou ao país com três medalhas de ouro e duas de prata. Ainda no mesmo ano, foi campeã sul-americana nos 100m, 200m e salto em distância.
Em 2016, ganhou uma medalha de prata e uma de bronze na Paralímpiada do Rio de Janeiro. Mas, em 2017, recebeu a notícia da volta do tumor na hipófise, passou por uma nova cirurgia e a recuperação foi bem difícil. No ano seguinte, precisou voltar ao centro cirúrgico para mais uma operação. Passou meses de cama e, neste ano surpreendeu a todos novamente com uma participação brilhante no Parapan, de Lima, de onde voltou com mais três medalhas de prata.
Sobre a campanha A Vida Conta
Sendo assim, para alertar a população sobre a importância do rápido atendimento ao paciente que está sofrendo um AVC ou infarto, foi criada a campanha “A Vida Conta”, que é uma iniciativa da ONG Rede Brasil AVC em parceria com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, com apoio da Boehringer Ingelheim.
Fonte: Assessoria de imprensa.