Voltar a caminhar depois de ter o equilíbrio corporal comprometido pelo avanço da doença de Parkinson parecia um sonho distante para milhares de pessoas que sofrem com a síndrome degenerativa, ainda sem cura. Parecia, pois novas tecnologias estão ajudando pacientes a caminhar com segurança novamente. Chegaram ao mercado brasileiro duas novas ferramentas que agem de formas diferentes, mas têm como pano de fundo uma mesma tendência: o investimento em soluções que aumentem a qualidade de vida dessas pessoas.
Para a comunidade médica, o Andador Virtual GaitAid representa grande avanço. Com uso da tecnologia de realidade virtual aumentada, descoberta em pesquisas realizadas pela NASA, os óculos ajudam o observador a andar e estabilizar seu movimento. Basicamente, eles simulam um caminho virtual que coordena e ritma a passada, desencadeando uma resposta neurológica. Segundo os especialistas, a terapia feita com o uso do dispositivo pode reestruturar o cérebro para contornar as áreas danificadas pela doença de Parkinson, e outros distúrbios do movimento.
Os benefícios já foram comprovados na prática. O advogado Jayme Cavalcanti convive com o mal há 20 anos. “Depois de duas semanas de uso do equipamento, voltei a andar melhor”, diz ele, que treina meia hora por dia, sete dias por semana. “Facilitar o dia a dia dos pacientes é fundamental, pois estamos longe da cura definitiva”, afirma o neurocirurgião do Instituto de Psiquiatria do Departamento de Neurologia da Faculdade de Medicina da USP, e um dos maiores especialistas no tema, Erich Fonoff. O artigo sobre estudo feito no HC foi publicado no International Archives of Medicine.
Já a bengala LaserCane, indicada também para diversos doenças neurológicas que afetam a marcha, permite, através de uma linha vermelha projetada no chão, que o paciente dê passos mais longos. “A pista visual incentiva o paciente a interromper os episódios de congelamento, aumentando, assim, o comprimento das passadas”, afirma a Dra. Carolina Souza, fisioterapeuta do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de seis milhões de pessoas convivem com a síndrome em todo mundo e a prevalência da doença deve dobrar, em 20 anos, devido ao envelhecimento da população. Os dois equipamentos são comercializados no Brasil pela importadora Delta Medical.
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Fonte: Delta Medical