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Especialistas alertam para a importância de prestar atenção aos sinais dos pulmões
A expressão “prevenir é melhor do que remediar” é utilizada em diversos momentos de nossa vida, mas também pode ser interpretada ao pé da letra quando falamos de saúde. De forma geral, para prevenir doenças fazemos exames e consultas para identificar possíveis problemas cardiovasculares, oncológicos ou para acompanhar peso e diabetes. Mas você se lembra quando foi a última vez que sua saúde respiratória fez parte do seu check-up anual?
Doenças respiratórias afetam milhões de pessoas em todo o mundo e apresentam sintomas muito comuns como tosse, dificuldade para respirar e cansaço, que podem ser facilmente confundidos com outras doenças ou fatores de envelhecimento. Por este motivo um check-up da saúde do seu pulmão é essencial para o diagnóstico precoce de doenças como Asma, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) ou Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), e deve ser feito regularmente, principalmente entre os fumantes, ou sempre que apresentar algum sintoma de causa respiratória aparente. Para que o cuidado dos pulmões se torne um novo hábito, confira as dicas do Dr. Mauro Gomes, pneumologista e diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia.
1. Fique atento aos sintomas
A tosse persistente é um sintoma muito comum e sinal de que os pulmões não estão bem. “Nas crianças por exemplo, se as crises ocorrem particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã, pode ser um indício de asma – doença que causa a inflamação nos brônquios e tem o chiado no peito como sua principal característica. Já nos adultos com mais de 40 anos, o diagnóstico pode ser DPOC, doença causada principalmente pelo tabagismo, que limita o fluxo de ar do paciente de forma progressiva” alerta o Dr. Mauro Gomes.
Outros sintomas comuns são o cansaço e falta de ar. “As pessoas geralmente atribuem esses sintomas ao mau condicionamento físico ou como parte envelhecimento. E, por este motivo, não tem certeza se devem ou não procurar o médico. Mas neste caso devem sim, pois sintomas comuns como esses podem indicar um quadro mais grave como a FPI, que é caracterizada pela formação de cicatrizes, as fibroses, nos pulmões, que ficam mais rígidos e perdem a capacidade de expansão, dificultando assim a respiração do paciente”, completa.
2. Considere deixar o cigarro de lado
O maior inimigo dos pulmões é definitivamente o tabagismo e parar de fumar é um desafio para a maioria dos fumantes. “Os benefícios podem não ser notados imediatamente, mas surgem já nas primeiras 24 horas. A temperatura do corpo volta ao normal, assim como a pressão arterial; os batimentos cardíacos também se estabilizam, diminuindo assim as chances de ter um ataque cardíaco”, afirma o Dr. Mauro Gomes [v].
A DPOC é considerada a quarta principal causa de morte no Brasil[vi], e o hábito de fumar está diretamente relacionado a isso. Além disso, a fumaça agrava os sintomas de pacientes com asma.
3. Saiba quando procurar o pneumologista
O fato do cansaço ou da falta de ar serem comuns a várias doenças diferentes, muitas vezes, pacientes e familiares não os levam a sério, o que dificulta o diagnóstico de algumas doenças, principalmente as pulmonares. A Fibrose Pulmonar Idiopática, por exemplo, pode levar até três anos para ser diagnosticada corretamente[vii]. A partir das informações sobre os perigos por trás dos sintomas, não hesite em marcar uma consulta com o pneumologista e o inclua em seu roteiro anual de visitas a médicos, para garantir que sua saúde pulmonar esteja em dia.
4. Participe dos mutirões de espirometria em sua cidade
A espirometria é o exame capaz de detectar doenças como asma e a DPOC. Ela é feita com um aparelho chamado espirômetro, aparelho que mede a velocidade e a quantidade de ar que inspiramos e expiramos. O Dr. Mauro Gomes explica “a espirometria é solicitada para avaliar o funcionamento dos pulmões e para detectar possíveis doenças. Caso o paciente esteja fora dos padrões normais de acordo com sua idade, ele será contatado para agendar consultas e ter a orientação para o tratamento mais adequado de acordo com a doença diagnosticada e o grau identificado”.
5. Pratique atividades físicas de acordo com seu perfil
Muitos pacientes portadores de asma e DPOC evitam praticar atividades físicas por medo de trazer à tona sintomas e crises de falta de ar. Para o Dr. Mauro Gomes, os sintomas podem sim ser desencadeados após exercícios físicos caso o paciente não esteja sob tratamento, mas vários estudos já comprovaram os benefícios da prática regular de atividades físicas para esses pacientes[viii],[ix].
“Ao realizar algum tipo de atividade aeróbica três vezes por semana, como corrida, natação ou ciclismo, você ajuda a fortalecer a musculatura do tórax e das pernas, melhora o condicionamento cardiorrespiratório e minimiza a sensação de falta de ar, que se torna menos frequente. Por isso defendemos que a asma não deve ser um fator limitante para a prática de esportes”, finaliza o Dr. Mauro Gomes. Exemplos não faltam. A asma não impediu, por exemplo, que a Marta praticasse esporte de alta performance e fosse eleita a melhor jogadora de futebol do mundo seis vezes.
A Boehringer Ingelheim
A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e possui cerca de 50.000 funcionários globalmente. Atua há mais de 130 anos para trazer soluções inovadoras em suas três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2018, obteve vendas líquidas de cerca de € 17,5 bilhões e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento corresponderam a 18% do faturamento líquido (mais de € 3,2 bilhões). No Brasil há mais de 60 anos, a Boehringer Ingelheim possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. A empresa recebeu, em 2019, pelo terceiro ano consecutivo, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do mundo por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil.
Referências:
i GINA report, Global Strategy for Asthma Management and Prevention. [homepage na internet]. Disponível em: https://ginasthma.org/ginareports/ [acesso em 22 abr 2019].
ii RABAHI, Marcelo F. Epidemiologia da DPOC: enfrentando desafios. Pulmão RJ, v. 22, n. 2, p. 4-8, 2013. Disponível em . Acesso em 16 ago 2018.
iii Raghu G, Weycker D, Edelsberg J, Bradford WZ, Oster G. Incidence and prevalence of idiopathicpulmonaryfibrosis. Am J Respir Crit Care Med 174 (7), 810 – 816 (2006)
iv Raghu G, Remy-jardin M, Myers JL, et al. Diagnosis of Idiopathic Pulmonary Fibrosis. An Official ATS/ERS/JRS/ALAT Clinical Practice Guideline. Am J Respir Crit Care Med. 2018;198(5):e44-e68
v O que acontece com o corpo quando você para de fumar. Disponível em: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/33275-o-que-acontece-com-o-corpo-quando-voce-para-de-fumar. Acesso em: 23 de abril de 2019
vi Moreira Graciane, Manzano Beatriz, et al. PLATINO, a nine-year follow-up study of COPD in the city of São Paulo, Brazil: the problem of underdiagnosis. J Bras Pneumol. 2013;40(1):30-37
vii Cosgrove GP, Bianchi P, Danese S, Lederer DJ. Barriers to timely diagnosis of interstitial lung disease in the real world: the INTENSITY survey. BMC Pulm Med. 2018;18(1):9.
viii Physical training for asthma. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24085631. Acesso em: 03 de junho de 2019.
ix Assessment of Aerobic Exercise Adverse Effects during COPD Exacerbation Hospitalization. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5317153/. Acesso em: 03 de julho de 2019.